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Como viver a vida cristã? A vida cristã é difícil?
Na TV o vendedor anuncia que o produto que ele está vendendo é extremamente eficaz e rápido. Uma espécie de iogurte para emagrecimento rápido. O vendedor afirma com todas as letras que o produto age em menos de semanas de consumo. Os ouvintes, que desejam a todo custo usufruir das promessas do vendedor não pensam duas vezes em solicitar uma compra. Por que não fariam, se parecem ser “boas notícias”?
Algumas semanas depois surge uma fila imensa na frente da empresa de iogurte para emagrecimento. Uma fila de clientes insatisfeitos e completamente irritados. O produto não funciona, não sozinho, na embalagem atrás está escrito “beber em conjunto com vários exercícios e muitas outras atividades.” Onde está as boas novas? Os clientes se sentem irritados. “Emagrecimento é um saco!”
Na Igreja e nos círculos teológicos os cristãos dizem que o “Evangelho é boas novas” (porque de fato essa é a tradução para “Evangelho”). Eles anunciam isso ao mundo, são “boas novas”. No entanto, quando você aceitar, quando comprar o iogurte, receberá uma lista pré-concebida de preceitos e afazeres padronizados. Agora, o novo convertido terá que viver a “vida cristã”, e essa vida é um projeto trabalhoso e extremamente difícil. A vida cristã passa a ser um projeto o qual devemos concluir através de atividades necessárias, através de muito trabalho duro. E o que acontece quando essas pessoas não conseguem realizar o projeto da vida cristã? Elas concluem que a vida cristã não funciona, “ela é um saco”. Dizem a si mesmos: “Talvez eu não tenha sido suficientemente persistente, talvez não tenha trabalhado o suficiente”. E assim, voltam a abordar a vida cristã como um projeto a ser concluído. De fato, as boas novas anunciadas pelos ministros se esmiúçam em uma mensagem horrível e extremamente irritante. Onde está a mensagem das boas novas apresentadas no Evangelho? Virou um iogurte com uma propaganda falsa?
Jesus nos dá a certeza e a exatidão do que, ou melhor dizendo, quem é a vida cristã:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6)
A vida cristã funciona, ela não é um saco, não é uma propaganda enganosa ou as letras menores na embalagem do iogurte, ela é a vida de Cristo. Você não pode e não conseguirá viver a vida cristã por si mesmo, e em sua própria agenda de preceitos e atividades padronizadas de “caráter moral”. A vida cristã é Cristo, e apenas Cristo pode viver a vida dEle, e Ele vive ela em mim, expressando Seu caráter quando eu sou receptivo pela fé a Sua Graça:
“Não sou mais eu que vivo, Cristo vive em mim, e a vida (cristã) que agora vivo, vivo pela fé no filho de Deus” (Galatas 2:20)
“Não sou eu que vivo”. Não sou eu que estou tentando viver a vida cristã pelas minhas próprias forças. “Cristo vive em mim”.
A vida cristã funciona apenas quando Jesus trabalha em nós. Foi dessa forma que a vida de Jesus trabalhou na terra como homem. Ele disse: “o Pai habitando em mim, realiza as suas obras” (João 14:10). Da mesma maneira, o escritor de Hebreus ora para que “o Deus da paz … possa equipa-lo em tudo de bom para fazer sua vontade, trabalhando em nós o que é agradável aos seus olhos, através de Jesus Cristo” (Hebreus 13:10,21). A vida cristã é vivida por Jesus em nós.
O escritor Watchman Nee faz uma descrição exata a respeito da natureza da “vida cristã”:
Entre os filhos de Deus, o maior mal-entendido é pensar que o esforço próprio é vida e que, a menos que alguém exerça seu próprio esforço, ele não tem vida. Mas temos que perceber que, se houver vida, não há necessidade de trabalho. Se houver vida, tudo será vivido espontaneamente. Considere como seus olhos veem. Considere como seus ouvidos ouvem. Seus olhos veem espontaneamente e seus ouvidos ouvem espontaneamente porque todos eles têm vida. A vida é tão espontânea. [Cristo, a soma de todas as coisas espirituais – Watchman Nee]
Não fomos criados para autogerar, derivar ou realizar de nós mesmos as nossas próprias exigências. Fomos criados para expressar dinamicamente o caráter de Deus através da receptividade à graça. Fomos criados para “sermos” a expressão da essência de Deus. Como disse o teólogo Norman Grubb, não somos um “eu independente”:
“O eu nunca é um eu independente. Nunca foi um eu auto-operacional e, portanto, nunca operou expressando sua própria natureza … não temos um eu independente, mas expressamos Seu eterno Eu divino … expressamos a natureza fixa de Deus” [No Independent Self – Norman Grubb]
A vida cristã é efetuada pela atividade ontológica contínua do Ser e da Vida do Senhor Jesus ressucitado. A vida cristã não é estática, não é realizável, a vida cristã é a manifestação dinâmica da vida e caráter de Jesus Cristo em mim.
Muitos podem sugerir que essa abordagem torna o homem “passivo”. Eu respondo a isso no meu livro Nada Além do Sangue:
“Alguns podem afirmar que isso torna o homem passivo. Na verdade, isso torna a graça ativa, dinâmica. O homem não é passivo, mas receptivo a dinâmica da graça de Jesus Cristo. A receptividade do homem é um ato de fé constante na graça de Deus, ‘o justo viverá pela fé’ (Romanos 1:17)” [Nada Além do Sangue, Terceiro capitulo, a Graça é dinâmica – Eliezer Oliveira]
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- Faça o Que Você Quer! O Desejo da Nova Criatura
- Deus Acredita em Você! Ele Confia na Nova Criatura!
- Negue-se a si Mesmo! Devemos Negar Quem Somos?
Se você deseja se aprofundar na Justificação, recomendamos fortemente o livro E Ele nos Tornou Santos.
Maravilhoso!!!!
Muito bom. 🙌
Obrigado por acompanhar irmão! O que está achando da série sobre Justificação?