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Hiper Graça: O que é isso? – A Resposta!
O rótulo Hiper Graça
Muitos pastores têm sido acusados de pregar a “Hiper Graça”. Victor Azevedo é um dos que tem recebido essa etiqueta. Aqui no Vida Trocada já escrevemos diversos textos sobre esse tema. O texto mais recente foi uma resposta que fizemos ao debate entre Rodrigo Mocellin e Victor Azevedo. Também produzi uma resposta ao vídeo de Luciano Subirá e do pastor Abe Huber sobre a hiper graça.
Muitos têm definido a doutrina da hiper Graça como um extremo exagero a respeito da Graça. Uma mensagem que foca apenas na Graça e não está equilibrada com a Lei e os princípios cristãos. Para muitos, a hiper graça dissemina a licenciosidade quando não se propõe a anunciar a moralidade e a santidade. Isso é verídico? É o que os críticos dizem. De certa forma, se essa perspectiva cristã defende a liberdade para pecar, é completamente correto fazer a acusação de que se trata de uma heresia.
O rótulo hiper graça é extremamente persuasivo e pesado. Geralmente é usado para alertar sobre uma doutrina “muito perigosa”. Com certeza, quem ouvir essa etiqueta sendo colocada em algum pregador ou em algum ensino, terá receio. Não é de admirar que o termo seja tão usado ultimamente para levantar críticas e suposições a diversos pregadores. Esse termo é usado porque é uma estratégia mais útil e sorrateira levar o leitor ao receio, enquanto o crítico simplesmente divaga no texto, sem sequer saber o que se trata de fato essa mensagem.
Além disso, o rótulo Hiper Graça é claramente uma terminologia bíblica a respeito da Graça. Em Romanos 5:20 diz que onde “abundou o pecado, superabundou a graça”:
- O termo superabundou aqui é huperperisseuó (Grego), que em inglês se traduz como “hyper”, e em português como “hiper”. A tradução de Strong enfatiza que “huper” é “excedendo, além”. Ou seja, ultrapassa limites.
- A tradução da Bíblia Paixão, (Passion Translation), criada por Brian Simmons, diz o seguinte em uma nota de rodapé sobre Romanos 5:20: “Paulo fala da graça de Deus no v. 17 como superabundante, mas depois acrescenta o prefixo, huper (hiper), fazendo graça huperperisseuō, que poderia ser traduzida como graça super-hiperabundante! Há uma fonte infinita de graça que foi aberta para nós em Cristo!”
- Teólogos e cristãos possuem uma teologia do pecado, enfatizam o pecado e a depravação humana em suas ministrações, descrevem o pecado como um poder gigante e extremamente perigoso. Isso não está errado. No entanto, Paulo enfatiza que onde “abundou o pecado” – ou seja, o pecado é avassalador – a Graça superabundou, ou seja, a Graça é extremamente superior ao pecado. Portanto, se o pecado é tão gigante e perigoso quanto descrito pelos pregadores, quanto mais é a Graça de Deus que prevalece contra o pecado? A Graça é, de fato, Hiper superior ao pecado.
Todas às críticas envolvendo o termo hiper graça começam com um equívoco a respeito do que é a graça. A crença de muitos irmãos sobre a graça é de que ela é apenas um dos atributos de Deus. A graça é apenas uma parcela de toda a essência do Ser de Deus.
Por isso muitos afirmam que definir Deus a partir da Graça é defini-lo de modo reducionista, sem mostrar o quadro total de seu caráter. Dizer que Deus é a Graça é ser simplista e tentar resumir a excelência do caráter de Deus em apenas um de seus atributos. Segundo essa crença, a Graça é um dos atributos de Deus e não devemos enfatizá-la e separá-la dos demais atributos. Todavia, a Bíblia parece nos dar outro panorama. Ela nos diz que a Graça está envolvida em nossa salvação, redenção, santificação, discipulado, vida diária e tudo que envolve o Evangelho.
A Bíblia coloca uma ênfase gigantesca na Graça de Deus e proclama que cada aspecto de nossa vida está envolvido nela. Por quê? Porque cada parte da nossa vida está envolvida em Deus, e Ele coloca o seu Ser em cada parte de nossas vidas. Que Ser é esse? A Graça, ela é a essência do Ser de Deus. Dizer que Deus é a graça não é ser “reducionista” justamente porque a Graça não é reducionista. Ela é completamente exuberante e perfeita, enfatizada de modo único e sublime como Deus.
A Graça é indescritível na Bíblia. Os adjetivos para tentar defini-la são completamente exagerados e superlativos. A Graça é suficiente (2 Coríntios 12:9; 9;8), abundante (Romanos 5:15,17,20; 2 Coríntios 9:8; 1 Timóteo 1:14). A Bíblia descreve “as riquezas da graça” (2 Coríntios 9:14; Efésios 1:7; 2:7). Deste modo, o termo Hiper Graça carrega conceitos bíblicos da magnitude e extensão da Graça de Deus.
Heresias Definidas
A hiper graça é uma heresia? Vamos analisar o verdadeiro significado de heresias de acordo com o Novo Testamento. Nossa compreensão sobre o termo deve ser preenchida unicamente pelas Escrituras, lidas a partir de Jesus Cristo.
Se analisarmos o termo heresia utilizado nas Escrituras veremos que Paulo e os apóstolos definiram o termo de uma forma especifica. Aqui preciso destacar a falta de menções do termo no NT. Isto é, Paulo não utilizava o termo em qualquer tipo de situação ou crítica.
Um dos usos do termo se encontra em 2 Pedro 2:1, onde o apóstolo declara: “No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.” O termo heresias aqui é a palavra grega hairesis (Gr. αἵρεσις) que, de acordo com o dicionário Strong, é usado no NT para se referir a “partidos (seitas)” individuais que operavam dentro do judaísmo.1
Pedro fornece detalhes sobre essas heresias, quando diz que tais falsos profetas “negaram o Senhor que os resgatou”. Perceba que as heresias são descritas como uma oposição direta ao Senhor e ao seu resgate. O termo Senhor aqui é uma abreviação para Senhor Jesus Cristo (Veja 2 Pedro 1:2, 8, 11, 14). As heresias eram oposições diretas a Cristo. Mas não em um sentido genérico. O sentido foi especificado pelo próprio Pedro: rejeição de Cristo que os resgatou.
Isso significa que tais pessoas eram salvas, mas que perderam a salvação? Claramente não. O resgate de Cristo diz muito do que foi objetivamente2 feito por Deus em Cristo, mas não do que foi subjetivamente3 aceito pelo homem. Sobre isso, o teólogo James M. Rochford escreve:
Portanto, este é um caso em que alguém é comprado pelo sangue de Cristo, mas desde que o rejeitam, eles nunca têm salvação. Como uma pessoa que recebeu um cheque de um milhão de dólares, eles tinham o dinheiro no banco, mas nunca o sacaram. Esses falsos mestres foram comprados por Cristo, mas nunca lucraram com isso.4
Pedro provavelmente está usando o termo heresias (hairesis) para denotar ensinos que rejeitavam Jesus e sua Salvação. Isso está em consonância com a definição de Strong a respeito das seitas judaicas que rejeitavam Jesus e sua suficiência salvífica. Na verdade, o contexto de 2 Pedro 2:1 nos fornece mais evidências disso. Nos versículos seguintes, Pedro cita diversos eventos do Antigo Testamento, mostrando que esses falsos profetas tinham conhecimento de tais passagens. Pedro cita: Anjos no inferno (v.4); Noé e o diluvio (v.5); Sodoma, Gomorra e Ló (v.6-8).
Deste modo, o termo heresias é utilizando como significando oposições diretas a suficiência de Cristo e de sua Obra. A rejeição do sacrifício de Cristo consiste em uma heresia para o apóstolo.
Outra utilização do termo hairesis (αἵρεσις) acontece em Gálatas 5:20. Porém, o termo nessa passagem geralmente é traduzido como facções. Paulo utiliza o termo em Gálatas 5 dentro do contexto sobre as obras da carne e os frutos do Espírito. É interessante que o termo facções seja procedido pelo termo dissensões (rebeliões). Paulo utilizou esses termos de uma forma especifica em gálatas, isso porque os destinatários de Paulo estavam sofrendo por esse mal (facções, rebeliões).
Sabemos que a carta de gálatas foi escrita para combater uma espécie de mistura entre judaísmo e cristianismo (Gálatas 5:9). De acordo com Paulo, havia surgido na igreja da galácia judaizantes que defendiam a manutenção de regras da Antiga Aliança para que a justificação pela fé fosse mantida e para que a vida cristã fosse desenvolvida:
Ouçam bem o que eu, Paulo, lhes digo: Caso se deixem circuncidar, Cristo de nada lhes servirá. De novo declaro a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a cumprir toda a lei. Vocês, que procuram ser justificados pela lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça.
Gálatas 5:2-4
Esses ensinos que se propagavam na Igreja da galácia diminuíam o sacrifício e a plenitude de Cristo. Aqueles que se infiltraram na Igreja ensinando isso, estavam criando divisões e facções:
Estou convencido no Senhor de que vocês não pensarão de nenhum outro modo. Aquele que os perturba, seja quem for, sofrerá a condenação.
Irmãos, se ainda estou pregando a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Nesse caso, o escândalo da cruz foi removido.
Quanto a esses que os perturbam, quem dera que se castrassem!Gálatas 5:10-12
Não é de admirar que Paulo mencione sobre facções (hairesis) logo depois de destacar o contexto de Gálatas, onde certos grupos disseminavam ensinos falsos, negando a eficácia da cruz e de Cristo. Paulo retrata esses ensinos, essas heresias, como ataques diretos a Graça, a Cristo, e ao Evangelho: “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho.” (Gálatas 1:6)
Portanto, o uso do termo heresia, novamente, está dentro do contexto do embate contra religiosos que negavam Jesus e sua Obra. No caso dos gálatas, se tratava de negar a eficácia dessa obra em nos justificar e santificar.
Partindo desses princípios, acredito que o termo heresia deve ser entendido como uma afronta direta e visível a Cristo. Compreendemos o Evangelho como Cristo, a Graça e toda a sua Obra redentora. Quaisquer afirmações que rejeitam essas verdades, negando as implicações da Obra de Cristo, de uma forma visível e nua, devem ser declaradas como heresias. No caso de Pedro e Gálatas, o termo é usado contra grupos religiosos judaicos que dependiam da Lei e não de Cristo.
Porém, podemos ver o mesmo padrão de heresia em outra carta de Paulo. Em Colossenses, Paulo enfrenta ensinamentos que diminuíam a plenitude de Cristo, através da incorporação de conhecimentos místicos no Evangelho, e na exigência da manutenção de regras para se adquirir bênçãos espirituais – que já foram comprados por Cristo em sua obra.
Paulo enfrenta a heresia de colosso de modo direto, exaltando a suficiência de Cristo. Sobre isso, o teólogo Stephen Kaung comenta:
“O problema da igreja em Colosso foi conhecido como a Heresia colossiana. Para corrigir essa heresia, Paulo escreveu uma carta aos colossenses… o apóstolo Paulo não focou em descrever como era ou o que era essa heresia. Pelo contrário, ele concentrou sua atenção em Cristo. Ele adotou uma abordagem positiva apresentando Cristo para eles. Se eles pudessem ver Cristo, se pudessem conhecê-lo, então essa heresia desapareceria automaticamente e muito rapidamente”5
As heresias de colosso eram negações explicitas de Cristo e de sua suficiência. Deste modo, o trabalho de Paulo se desenvolveu na proclamação dessa suficiência.
Aqui podemos concluir que uma heresia é uma distorção de Cristo e da Cruz. Se trata de uma negação direta e explicita da eficácia e das consequências dessa obra. O Evangelho é tudo sobre Cristo, como Paulo deixa bem claro. Logo, a heresia é justamente o inverso. Enquanto o Evangelho nos direciona a olhar atentamente para Cristo, as heresias deturpam nossa visão e colocam o homem como o foco central a ser admirado.
A religiosidade e o legalismo da nossa época, estão baseadas nos mesmos princípios que as heresias enfrentadas pelos apóstolos no início da Igreja. O legalismo, com um disfarce de pregação puritana, acaba transformando a suficiência de Cristo em apenas um ensino da grade de teologia, como se fosse um acréscimo ao Evangelho, e não a sua plenitude.
O Dr. Shawn Smith afirma que “Toda heresia começa quando ficamos entediados com Cristo.”6 Quando defendemos justificação por obras, santificação pelo esforço, identidade baseada nos comportamentos e etc., estamos bem próximos das heresias descritas pelos apóstolos.
A Hiper Graça se adequa a essa categoria? Ela coloca o homem como a fonte de sua própria identidade, plenitude e salvação ou ela direciona os nossos olhos para Cristo e sua Obra? Creio que você, sendo critico ou não, já sabe a resposta.
A Hiper Graça consiste em um foco exacerbado em Cristo. Pregadores da Hiper Graça não sabem falar de outra coisa a não ser de Cristo e deste crucificado (1 Coríntios 2:2). Como isso pode ser designado heresia? Como uma mensagem que coloca todos os olhos em Jesus pode ser chamada de heresia?
Graham Scroggie comentou certa vez: “Uma verdadeira cristologia é a melhor resposta a toda heresia que já existiu ou existirá.” 7 Em outras palavras, uma visão de Cristo é a resposta para todos os falsos ensinos e falsas doutrinas. Se nós apenas conhecêssemos a Cristo como deveríamos, então seríamos libertos de todas as heresias e todos os falsos ensinamentos.
A Hiper Graça, adentra o século 21 afirmando a centralidade de Cristo e de sua Obra. Chamarmos essa mensagem de heresia, é cairmos na loucura, é ignoramos a mensagem de que o Evangelho é unicamente Cristo e sua Obra.
O Que Realmente Defendemos!
Preparei um conjunto de tópicos com as principais ideias defendidas pelos “pregadores da Graça”. Ainda farei uma sequência de textos explicando mais detalhadamente a origem histórica e os ensinamentos da pregação da graça.
Nós defendemos que:
- Nossa salvação é completamente gratuita porque vem totalmente de Cristo, sem o nosso esforço próprio. Apenas recebemos pela fé. (Romanos 4:4-8, 5:1; Efésios 2:8-9)
- Nossa identidade repousa em Jesus e em sua obra. Nossos comportamentos não definem nossa identidade. Cristo define, somos como Ele é. Estamos “em Cristo”. Ele é nossa fonte de identidade e significado. (Colossenses 3:3; 1 João 4:17)
- Nosso perdão reside no sangue de Jesus e não nos nossos esforços constantes de confissão e purificação. (Hebreus 10:1-4)
- Nossa santidade está fundamentada em Cristo. Ele é nossa santidade e toda a pureza que precisamos viver está em Cristo. Já temos tudo o que precisamos para a vida e piedade porque temos Cristo. Agora, só precisamos descansar e pela fé deixar com que Ele viva em nós a vida plena. (1 Coríntios 1:30)
- Não vivemos para a Lei Mosaica. Cristo é tudo o que precisamos. Ele é a essência de todas as nossas relações e a dinâmica de todas as suas próprias demandas. (Gálatas 2:20)
Pelo que parece essa mensagem é de fato um verdadeiro extremo. Ela coloca Cristo em tudo! Substitua “graça” por “Cristo” e teremos “Hiper Cristo”, porque Cristo é a Graça.
Como destaco no Livro (físico) Hiper Graça: O que Realmente Defendemos:
“A Graça é super, hiper, mega, use os adjetivos que desejar porque nenhum deles consegue descrevê-la completamente. A infinita adequação de Deus é expressa na Graça. A Graça é tão indescritível que só um nome pode defini-la: Deus. Deus é tão indescritível que só um termo pode defini-lo: Graça.”
Coisas que os pregadores da Hiper Graça NÃO ensinam
Além de esclarecer alguns pontos do nosso ensino, acredito que seja importante destacar alguns pontos que NÃO ensinamos. Que fique bem claro para os críticos! (Ou será necessário desenhar a explicação?)
- Podemos pecar à vontade? Não! Nós ensinamos que a graça é uma pessoa, é Jesus, e Ele vive através de nós, na medida em que decidimos viver pela fé. (Ver João 1:14-17; Efésios 2:3-8; Tito 2:11-12)
- Não precisamos orar ou realizar as práticas cristãs? Precisamos ! Oração, leitura das Escrituras, ir ao culto e etc., são práticas cristãs que realizamos a partir de quem já somos e do já temos em Cristo, e não para alcançar algum bem espiritual. (Veja a oração de Paulo em Efésios 1:16-21; 3:14-19)
- Não existe qualquer tipo de Lei? Existe sim! Na Nova Aliança não temos a Lei de Moisés, mas a Lei de Cristo, que se trata da nossa nova natureza, da nossa nova identidade em Cristo. Devemos agir de acordo com essa identidade. (Ver Romanos 6:14; 10:4; Gálatas 3:24; Hebreus 7:12; 1 Corintios 9:21)
- Confissão de pecados é ruim? Não! Não ensinamos que a confissão de pecados é, em si, algo ruim. Ensinamos que é errado confessar PARA ser perdoado. Qualquer cristão pode se abrir com seu Pai sobre seus erros, confiando que já foi perdoado e que é amado e aceito por Ele. (Colossenses 2:13-14; Hebreus 9:12)
- Não precisamos nos arrepender? Precisamos sim! O arrependimento se trata de uma mudança de mente (metanóia). Isto é, acreditamos que mudamos nossa mente sobre Jesus para sermos salvos, crendo nEle. Depois disso, recebemos uma identidade de santos e justos. Agora mudamos nossa mente em relação a quem somos e ao pecado no geral. Nossa mentalidade é “agora que sou santo e justo, essas práticas de pecado não estão de acordo com essa realidade.” (Ver Romanos 12:1-2; 1 Corintios 6:17-21; Efésios 5:1-8)
Um resumo do resumo que já esclarece algumas coisas.
A doutrina da “hiper graça” é o Evangelho porque coloca Cristo no centro e nos leva a olhar atentamente para Ele. Como isso pode ser designado uma heresia? Como uma mensagem que coloca todos os olhos em Jesus pode ser chamada de heresia? É estranho, eu sei. Essa mensagem é o anúncio de que Cristo é tudo!
Se deseja saber mais sobre a Hiper Graça, conheçe o livro “Hiper Graça: O que Realmente Defendemos“, um tratado completo sobre o ensino HG!
Notas de Rodapé
1.https://biblehub.com/greek/139.htm
2.Objetividade aqui significa aquilo que Deus fez em Cristo a parte da escolha e decisão do homem. A reconciliação de todos os homens com Deus cai nessa categoria (Veja 2 Coríntios 5:19)
3.Subjetividade aqui se refere a escolha humana em se apropriar daquilo que Deus fez em Cristo. Mesmo Deus tendo se reconciliado com o homem, é necessário que o homem aceite essa verdade e se reconcilie com Deus (Veja 2 Coríntios 5:20)
5.Seeing Christ in colossians., pg. 9
6.https://www.youtube.com/watch?v=IgY4zn06l00
7.Citado em Seeing Christ in colossians
16 comentários
Os comentários estão encerrados.
Mas a mesma bíblia nos orienta para não utilizarmos a graça para pecar. Leiam Romanos 6.
Pode me mostrar ONDE no texto eu nego verdades de Romanos 6? Você leu Romanos 6:14? Lá diz que a Graça fornece força para o pecado ou diz que a Lei fornece?
Irmão precioso! Eu gostaria de agradecer e elogiar seu trabalho.
Eu sei que deve ser desafiador ‘expor essas verdades ‘ mas qdo essa revelação do que é o evangelho mesmo, é muito libertador. Obviamente vc vai ser criticado porque aqueles que andam debaixo da velha aliança ou com um evangelho misturado com ‘lei e graça ‘ são geralmente legalistas porque acham que é pelo esforço pró próprio e ainda não enxergaram que é a graça de Deus, a justificação pela fé e portanto ainda não consegue desfrutar infelizmente do ‘descando de Deus’
Eu confesso que levou uma jornada para entender um pouco mais a graça de Deus e o trabalho consumado na cruz.
Na verdade nós recebemos um evangelho carregado de legalismo e esforço humano para obter o ‘favor de Deus’ mas o favor imerecido dele já foi nos dado qdo cremos na obra da cruz somos feitos inocentes. ‘justificados’
Eu confesso que eu andava em legalismo pela falta de entendimento achando que eu ‘perdia a salvação ou o favor de Deus ‘ porque o evangelho misturado com lei e graça produz isso.
Parabéns pelo seu trabalho meu irmão ele é vital. Que Deus levante homens comprometidos como vc para falar do favor imerecido de Deus. Infelizmente esse termo ‘hipergraça’ é um rótulo bem injusto
Quando tiver no rio, me avisa pois gostaria de conhecê-lo
Paz irmão! Você se refere ao RJ? Se quiser meu contato: (51) 999876339
Parabéns pelo texto. Devemos respirar Fé e viver a Graça.
Gratidão
Paz irmão! Isso mesmo! Obrigado por ter lido!
A paz de Cristo! Talvez a discussão esteja no significado prático da expressão “hiper graça”. Aqui o irmão expõe com clareza de detalhes o sentido de termo, segundo o seu entendimento. Até aí, ok. Concordo com as explicações postadas. Neste sentido, em termos práticos, não difere pregar sobre a graça ou hiper graça. No entanto, na condução do Corpo de Cristo a liderança DEVE manter em pauta as questões atinentes à santidade, ou melhor dizendo, o processo contínuo de santificação propriamente dito. Daí, surge a necessidade de delimitar comportamentos. Na prática, significa dizer muitas vezes o que um cristão pode ou não pode praticar. Este é o sentido de “já não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim”. Talvez, neste ponto, surja o embate. Pode ser que muitos não preguem mais sobre a santificação (comportamentos cristãos advindos do fruto do Espírito) porque não é agradável, assim, empregam o termo Hiper Graça como um salvo conduto ao “cristão” dominado pelo pecado, induzindo ao entendimento de que na prática se “tenho boas intenções, creio em Jesus, mas continuo no pecado (adultério, demais obras da carne…) a (hiper) graça me basta”. Retornando à postagem do irmão, não o conheço, mas concordo com os termos de “Coisas que os pregadores da Hiper Graça NÃO ensinam”. Assim, então, estamos no mesmo lado (somos irmão em Cristo e defendemos a causa do Evangelho de Cristo). Logo, aqueles que fazem mal uso do termo “hiper graça”, diferentemente dos conceitos aqui postados, levando à banalização da “graça”, que paguem por seus próprios atos. Mas, ainda assim é preciso deixar claro que seja graça, hiper graça, bondade de Deus, ou outro termo utilizado para expressar as repercussões do Sacrifício de Cristo na Cruz, é certo que no céu só entrará o “trigo”, isto é, aqueles que PRATICAM as boas obras de salvação (Tito 1.16; 2.11-13; 3.8). Portanto, pela (hiper) graça eu recebo de Deus as capacitações necessárias, por meio do Espírito Santo, para viver em novidade de vida (processo comportamental de santificação constante). Um forte abraço.
Graça e paz irmão!
Primeiro quero parabenizá-lo pelo comentário! A maioria das pessoas que comentam aqui, discordando de alguma coisa, sempre se posicionam com ignorância, levantando acusações levianas e não se esforçando para compreender o que foi dito. Felizmente, você não cometeu esses deslizes.
Em segundo lugar, aprecio e concordo com seu comentário em vários pontos. Entretanto, preciso destacar que a Hiper Graça não é contra a vida cristã prática e diária, não é contra os comportamentos que fluem da nova vida que temos em Cristo.
Não sei se o irmão sabe, mas existem diferentes perspectivas sobre a santificação na história da cristandade. (Eu particularmente não gosto do termo “santificação progressiva”, embora eu concorde que exista um processo de amadurecimento e de crescimento, não uso tal termo para definir esse processo – aqui você pode ler mais sobre isso).
Existe a perspectiva Agostiniana, Wesleyana, Reformada, Pentecostal, Luterana e a perspectiva keswick (Exchanged Life) sobre o processo de amadurecimento e santidade. Acontece que o ensino HG é mais uma dessas perspectivas. Isto é, a Hiper Graça não é contra a vida de santidade, mas possui uma posição particular e específica sobre COMO acontece esse processo. Não discordamos de que é necessário crescer na manifestação das qualidades espirituais, divergimos no COMO isso acontece. Nossa posição é uma mistura das posições Luterana e da posição Exchenged Life. Do luteranismo concordamos que devemos mergulhar na justificação para crescer em santidade. Lutero dizia que “avançar é sempre voltar ao início”. Ou seja, a medida em que eu mergulho no perdão e na Graça de Deus, mais avanço em santidade. Da posição Exchanged Life nós recebemos a tricotomia, a crença de que o espírito é perfeito em Cristo, mas que devemos renovar a alma (mente) para desfrutar do que está no espírito. Ou seja, eu já sou justo em Cristo, mas preciso alinhar meus comportamentos e crenças a quem eu sou em Cristo.
Com isso, a Hiper Graça entende a vida cristã pratica a partir de “indicativo e imperativo”.
No Novo testamento, os imperativos são todos os comandos para fazermos alguma coisa, sejam questões de piedade, de edificação eclesiástica ou de crescimento individual. Junto com os imperativos, nas epístolas de Paulo, temos os “indicativos”, que são declarações que indicam quem somos em Cristo, o que temos como herança, e a profundidade da obra de Cristo.
Os dois sempre são citados em conjunto e servem para lembrar o crente de quem ele é em Cristo e do que ele deve fazer a partir dessa identidade. Um exemplo: “Perdoe porque você foi perdoado em Cristo”. O comando “perdoe” é imperativo; a declaração “porque Cristo te perdoou” (Efésios 4:32) é um indicativo.
Essa é a visão HG sobre a vida cristã diária. Para que um crente possa viver em santidade, ele precisa descobrir quem é em Cristo, crer nessa verdade e decidir viver de acordo. É nisso que cremos.
Se quiser mais informações, recomendo muito o meu novo livro sobre a Hiper Graça, que contém mais de 380 páginas: https://a.co/d/5E15pNq
Abraços!
Obrigado, Eliezer. Ao que me parece, estamos diante em mais um dos muitos termos teológicos mal compreendidos e complexos que levam a calorosos debates. Muito interessante as suas colocações. Estou firmado em Cristo na Igreja Metodista Wesleyana, mas será um prazer adquirir o seu livro para um melhor entendimento dos conceitos do HG, ainda que mantenhamos nossas (tênues) diferenças teológicas. Um forte abraço.
Amém! Eu agradeço pelo seu comentário! Interessante, mencionei sem saber a visão Wesleyana haha Certo, esse é um livro físico que publicamos recentemente. Qualquer coisa pode me chamar, até mesmo para crescer e compartilhar esses entendimentos. Meu whats é (51) 999876339
Se você faz algo para se salvar, e não porque você é salvo, então o conceito é de justiça própria. Isso é o básico do protestantismo. Você diz que não entrará ninguém no céu que não pratique “boas obras de salvação”. A única obra de salvação aceita por Deus é Cristo crucificado. Aliás, sem o sangue de Jesus as suas boas obras são trapo de imundície. Os versículos de Tito que você mencionou exortam o homem a agir conforme o seu novo status espiritual, e não a conquistá-lo por meio de obras. Tito 1 menciona homens cujas obras denunciavam o seu estado espiritual, e não a apontar uma gincana de pontos para entrar no céu. Todo dia você também peca. A diferença é que o justo não quer mais o pecado, ainda que venha a cometê-lo (Romanos 7). Resultados da conversão são esperados, mas não são critério para salvação, a menos que voce seja católico (fé + obras). Qual o seu critério de praticar obras de salvação? Pecar menos que a média moral da sua cidade? Faça coisas boas por amor a Deus, porque Ele te amou primeiro ao te justificar.
Graça e paz, meu querido! Excelente texto. Há tempos não me engajo com textos em blogs (frequentemente parecem cópias do que já existe, ou um aglomerado de informações com amplitude, porém sem profundidade), mas tive que parar não só para apreciar a leitura, como para comentar parabenizando e agradecendo pelo seu trabalho. Bem como para buscar ajuda sanando uma dúvida!
Então o problema seria rotular essa galerinha que vai tomar cachaça em blocos de carnaval, exibindo demasiadamente o corpo publicamente (e sabe lá Deus o que mais fazem privadamente), de “defensores” da HG?! Afinal, esse é um comportamento incompatível com a vida cristã, claro como água até para um neófito, correto?
Estou chegando de paraquedas aqui, e vou tentar entender melhor a sua visão.
Graça e paz! Boa tarde!
Obrigado por ter lido o texto e pelo comentário! Fico feliz que ele tenha te auxiliado de alguma forma! E te parabenizo por ler o texto com cuidado e sinceridade antes de formular uma pergunta. Muitos comentam antes de ler ou pior, criticam antes de entender.
Respondendo sua pergunta: Com certeza é um grande erro dizer que quem vive em libertinagem é da HG. Nenhum pastor HG lhe dirá que a Graça nos dá licença para pecar. E ouso dizer mais: as pessoas mais honestas, fiéis e piedosas que conheci são ensino HG e não de fora.
Aqui no texto eu resumo alguns pontos, mas escrevi um livro e 380 páginas onde trato extensamente sobre o assunto. O nome do livro “Hiper Graça: O Que Realmente Defendemos”
É impressão minha ou o evangélico brasileiro está impregnado de salvação pelas obras, ainda que de forma indireta? Falar de graça é um tabu. Boas novas para eles é nao pecar mais. Eu costuma chamar muitos evangélicos brasileiros de “católicos sem santo”.
Sim, é exatamente isso irmão! Existe um nome para isso: Senhorio da Salvação. É uma doutrina dominante na América, que unifica de tal forma as obras e a fé que acabam diluindo a Graça de Deus.