Evangelho da Graça – A perseguição religiosa

Com o crescimento da pregação do Evangelho da graça nos últimos tempos, vemos também um número maior de opositores a esta mensagem, o que na verdade não surpreende. Afinal, não é uma exclusividade dos dias de hoje a graça ser perseguida e o evangelho modificado, como veremos no decorrer deste texto.

Ouvir falar sobre “tomar cuidado com a graça“, nunca esteve tão frequente neste século como no momento em que vivemos hoje. Cada vez mais se intensificam as acusações a respeito dos ministros que pregam o Evangelho da Graça. Eles são chamados de “libertinos”, “pregadores do evangelho da porta larga” e são atribuídas a eles frases como “você pode pecar a vontade”.

Todas essas coisas Paulo também teve que responder. É bom lembrarmos que todo o ministério de Paulo teve como base a mensagem da graça – por isso ele diz que a carreira dele era testemunhar o Evangelho da Graça (Atos 20:24). E quem prega a graça, sofre oposição da religião. Não tem como pregar sobre o Favor Imerecido de Deus e não incomodar religiosos.

O medo de pregar a Graça

Paulo escrevendo aos gálatas, se indigna pelo fato da igreja estar se afastando das boas novas da graça. E ele conta uma história interessante: Pedro, o apóstolo que teve 3 mil conversões em sua primeira pregação, ficou com medo de se firmar na graça por causa dos judeus. É claro que Paulo não deixou isto ficar assim, mas confrontou Pedro. E desta repreensão saiu a famosa e brilhante conclusão:

“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão.” – Gálatas 2:21

Pedro teve medo da perseguição e acabou por tentar agradar os homens ao invés de escolher o favor de Deus como Paulo fez (Gálatas 1:10). Para Pedro chegar a este nível, pode-se imaginar como a mensagem da graça era atacada.

Nunca foi fácil pregar sobre um Deus que aceita as piores pessoas, que perdoa todos os pecados sem jamais lembrar deles e que abençoa sem pedir nada em troca. Os ministros da condenação não aceitam isso. Eles querem que você conquiste a aceitação de Deus com seu suor, sua obediência, sua dedicação. Eles esquecem que foi a Obediência de um só homem que nos tornou justos, santos e aceitáveis (Romanos 5:19; Colossenses 1:22). Não consideram mais o sacrifício de Cristo suficiente.

E estes ministros estão presentes hoje no meio da igreja, não mais conhecidos como “judeus”, mas seguindo a mesma lógica dos judaizantes. Eles dão continuidade àquela perseguição e começam a caçar erros e deslizes nas falas dos ministros da Justiça para tentar trazer vergonha e retaliação ao Evangelho da graça. Tentam a todo custo apontar pecados e heresias nas vidas e palavras dos seus próprios irmãos para tentar tirar o valor deles.

No entanto, o valor dos filhos de Deus não está no que os homens falam sobre eles, mas sim no que o próprio Deus fala a respeito deles. E Deus diz, através de Cristo, que somos amados e favorecidos, ainda que não mereçamos.

A Graça basta

Nós (faço questão de me incluir), pregadores da graça, estamos firmes na Verdade que Cristo mostra ao nosso respeito. E não retrocederemos. Decidimos, pela fé na revelação que o Espírito trouxe, que Cristo, a Graça encarnada, nos basta!

Encerro dizendo que, ainda que alguns queiram permanecer neste caminho condenatório, Deus segue amando e aceitando. Espero que todos possamos crescer neste entendimento, a fim de que diminuam as intrigas e maledicências no meio da Igreja.