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Amor de Deus – Qual é a medida desse amor?
“Jesus te ama”, “Deus te ama” e “somos amados” são frases muito faladas no meio cristão, principalmente quando nos dirigimos aos ainda não-cristãos visitantes da igreja ou na rua quando são abordados durante uma evangelização. Apesar de serem uma poderosa verdade, essas frases são ditas de forma automática. É apenas algo que dizemos para os não-crentes para chamar-lhes a atenção. Precisamos mergulhar verdadeiramente no amor de Deus.
Entretanto, a palavra de Deus está repleta do amor de Deus, desde a criação em Gênesis, até o grand finale, quando estaremos ao lado fisicamente do Senhor para sempre. Mas o ponto máximo do amor de Deus foi mostrado na cruz do calvário, quando Jesus Cristo se entregou para nos salvar. De fato, podemos ler isso em João 3:16, versículo muito conhecido: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Notemos que a expressão “de tal maneira” nos faz entender que o grau, ou tamanho, do amor de Deus não pôde ser medido ou expresso com exatidão pelo apóstolo João. É algo como “Deus amou tanto o mundo a ponto de dar seu único Filho”. Qual o pai que ama seu filho inocente iria entregá-lo para salvar pessoas culpadas? Isso é loucura! Mas o Evangelho é realmente loucura para os que perecem (1 Co 1:18).
Ora, sabemos que Deus Pai ama Jesus. Ele declarou isso expressamente durante o batismo de Jesus (Mt 3:17; Lc 3:22) e no episódio de Sua transfiguração no monte (Mt 17:5; Mc 9:7; Lc 9:35). Ora, se o Pai ama o Filho, mas o entregou ao mundo para salvá-lo, logo devemos ponderar sobre esse amor que Deus tem por nós a ponto de cometer tal loucura. Como disse João, Deus nos amou “de tal maneira que deu o seu Filho unigênito”. Deus não nos ama mais do que ama a Jesus, mas igualmente. Mesmo O entregando, o Senhor sabia que a morte não poderia contê-lo. Era necessário nos salvar. O Pai poderia simplesmente ter negado a cometer tal ato… Entregar o próprio Filho para morrer uma morte horrenda em lugar de pecadores? Isso passou dos limites!! Entretanto, o amor de Deus realmente é, como diz a canção, ousado (ou na tradução literal do inglês, reckless = “imprudente”). Portanto, se quisermos saber o quanto Deus nos ama, nosso referencial é o valor que Cristo tem para o Pai.
O próprio Cristo, mesmo tendo indagado por uma outra maneira de nos salvar, e sabendo que não havia, suportou a cruz e desprezou a vergonha por causa da alegria que lhe estava proposta (Hb 12:3), a alegria de ver o fruto de seu trabalho (Is 53:11): através de seu sangue derramado, nos perdoou de todos os nossos pecados e purificou, e com sua ressurreição, nos justificou, tornando-nos filhos de Deus, templos do Espírito Santo, o qual se tornou um conosco (1 Co 6:17). Deus nos ama de tal maneira que nos uniu para sempre com Ele! Não somente isso, mas fomos colocados em Cristo. Isso quer dizer que onde Ele está, o que Ele tem, o que Ele faz, o que Ele pensa, o que Ele é, se reflete em nós! Logo, se o Pai O ama, somos amados igualmente; se o Pai O aceita, somos aceitos igualmente; se o Pai se alegra com Ele, se alegra conosco igualmente, pois estamos no Amado!
O amor de Deus para conosco é a base para tudo o que Ele fez e faz por nós. O amor é ativo, está sempre em movimento. No versículo de João 3:16, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito…”, no tocante à salvação, o Amor “deu” o melhor do Céu para nós: Jesus! O Espírito revelou ao apóstolo Paulo que se Deus não poupou nem mesmo seu Filho por nós, “como não nos dará também com Ele todas as coisas?” (Rm 8:32) Por isso, se hoje somos abençoados, é porque somos amados; se somos curados, é porque somos amados; se somos protegidos, é porque somos amados; se somos libertos é porque somos amados; e até se somos disciplinados, é porque somos amados (Hb 12:6). Este amor que temos de Deus é generoso – Ele não poupou nem mesmo Seu Filho para nos redimir. Paulo continua o texto dizendo que, por ter pago um preço tão alto (o próprio Filho), não existe absolutamente nada capaz de nos condenar ou nos separar do amor de Deus (Rm 8:34-39).
Deus se doou incondicionalmente para nós por amor. Isso significa que nenhum de nós “tem que amar” a Deus. Mas conhecendo a obra consumada de Cristo e o quão profundamente ela alcança na vida dos que creem, não podemos mais controlar o amor que brota de nós por Ele. Quem muito é perdoado, muito ama (Lc 7:47).
Aos efésios, Paulo orou para que pudessem “perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:18-19). Conhecer o amor de Deus por nós é o que nos capacita a desfrutar da obra da cruz em sua totalidade. Arbitrariamente ao que muitos pregam, não é o medo que deve nos impulsionar a servir. O Apóstolo João diz que, quem tem medo não está aperfeiçoado no amor (1 Jo 4: 18). Portanto, somente o amor de Deus por nós é que nos inspira a uma vida frutífera no Senhor. E precisamos saber o quanto Deus nos ama, não somente no início da conversão, mas ao longo de nossas vidas aqui na terra! Pois o quanto Deus nos ama não é um assunto básico para quem acabou de se converter, mas é o alimento sólido para o nosso amadurecimento espiritual.
Que este breve texto te ilumine e te impulsione a se aprofundar no conhecimento da extensão do amor do nosso Pai, olhando sempre para o valor de Cristo, pois Ele é a medida do quanto somos amados.
Graça e paz
Muito bom!Fui edificada compreendendo mais uma vez desse amor tão grande que o pai sente por nós.
Maravilhoso!!
Parabéns pelo texto. Isso não vem de você, é dom de Deus. Continue a obra.