Evangelho humanista: O oposto do Evangelho

O que é um Evangelho Humanista? O humanismo é completamente oposto ao Evangelho. É totalmente contraditório unir essas duas palavras em um termo. Vamos entender primeiramente do que se trata o humanismo, e assim iremos compreender o que defende o evangelho humanista.

O homem vazio procura em tudo nessa terra algo que possa acabar com sua insuficiência. Nesse processo de tentar encontrar algo que acabe com toda a sua solidão, ele cria uma adoração e idolatria a si mesmo. Porque acredita que possui a capacidade de acabar com seu vazio através de algo que ele faça, crie ou experimente, o homem se coloca na posição de capaz, de autogerador da plenitude, identidade e significado existencial.

Esse é o princípio que norteia a filosofia Humanista: o homem possui a potencialidade para criar e produzir tudo a partir de si mesmo. Com um discurso de poder e autoridade, o humanismo coloca Deus na estante e diz que o trabalho de adquirir plenitude e acabar com o vazio humano é um serviço totalmente do homem. No humanismo o homem é considerado a causa de seus próprios efeitos, o meio para seus próprios fins e o mestre de seu próprio destino. Ele é o autor de sua identidade e significado de vida, o criador de sua própria salvação e o gerador de sua plenitude. Dentro de nossas Igrejas nós defendemos um Evangelho Humanista quando proclamamos que o homem, através de suas obras de jejuns, orações e esforços próprios consegue adquirir identidade e salvação.


Na segunda carta aos coríntios Paulo mostra que o homem não possui capacidade em si mesmo para fazer isso, mas que ele é apenas o recipiente da plenitude de Deus. “Somos vasos de barro” que contém o tesouro que é Cristo (2 Coríntios 4:17).

Não fomos criados para autogerar, derivar ou realizar de nós mesmos a nossa identidade e plenitude. Fomos criados para derivar de Deus tudo e expressar dinamicamente o caráter dEle através da receptividade à graça. Fomos criados para sermos a expressão da essência de Deus. Como disse o teólogo Norman Grubb, não somos um eu independente:

“O eu nunca é um eu independente. Nunca foi um eu auto operacional e, portanto, nunca operou expressando sua própria natureza … não temos um eu independente, mas expressamos Seu eterno Eu divino … expressamos a natureza fixa de Deus”

Ao contrário do Evangelho humanista, o Evangelho Cristocêntrico anuncia que o homem foi criado para receber, para ser o vaso, o recipiente, o filho amado e aceito, a expressão do amor de Deus. Tudo isso é feito por Deus, o homem apenas recebe e deixa Cristo ser tudo isso nele. Ele foi criado para ser o filho amado, aquele que recebe o amor. Para ser aceito, aquele que recebe a aceitação. Para ser o vaso, aquele que recebe o tesouro. Qualquer tentativa do homem em tentar se tornar ou gerar isso é ir contra o projeto de Deus para ele. Fomos criados para recebermos de Deus tudo, criados para derivar de Deus a plenitude, a identidade e o significado existencial. Sozinhos somos completamente insuficientes.

Trecho tirado do primeiro capítulo do livro Nada Além do Sangue (Humanismo em cada canto humano; pg, 29-31).

Eliezer Oliveira
Eliezer Oliveira

Tenho 24 anos e sou diretor do Blog Vida Trocada, autor dos livros E Ele nos tornou Santos, Nada Além do Sangue (Livro Publicado) e Hiper Graça: O Que Realmente Defendemos (Livro Publicado). Também sou coautor do livro Interpretando a Escritura. Sou professor do curso Universidade da Graça, Vida na Graça e Teologia com Graça, e também atuo como Escritor Fantasma para alguns ministérios. Atualmente estou cursando Teologia (ESTÁCIO), sou casado com uma escritora maravilhosa, amante da leitura e de um bom café.

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